Negócios da China

Ao contrário de alguns países que vivem sob um regime comunista marcado pela opressão onde os mais básicos direitos humanos são inexistentes aqui não há censura, nem tão pouco necessidade de um visto para se atravessarem as fronteiras para a liberdade de expressão.

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Location: Ou Mun, China

Saturday, August 12, 2006

A censura chinesa pode estar a mudar


Toda a gente sabe que as autoridades da China Continental têm uma férrea censura sobre a imprensa, devido aos assuntos-tabu à hierarquia do Partido Comunista Chinês: a corrupção nas altas esferas, o separatismo, a repressão, a liberdade de imprensa, etc, etc...

Contudo, aquilo que achavamos tão controlado, tão férreo (as autoridades censuram até os blogues, com a conveniência das multinacionais como o Google, Yahoo e afins), parece que tem as suas fugas. E a razão principal é uma: os Jogos Olimipicos de Pequim, que ocorrerão daqui a dois anos. Parece que as pessoas querem aproveitar esse evento para obrigar as autoridades a promoverem uma maior abertura democrática.

E a edição de hoje do Diário de Noticias mostra a situação actual da imprensa chinesa, nesta altura crítica. E para isso, mostro o artigo na integra:


BRECHAS NA CENSURA DO REGIME CHINÊS

A dois anos da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, as questões de liberdade de imprensa renascem na China e fora dela. Saudado com entusiasmo pelo Governo chinês e pela população, sobretudo pelos jovens, o acontecimento desportivo é visto também por alguns analistas internacionais como mais uma oportunidade para que o sucesso económico da República Popular se reflicta numa maior democratização da imprensa.

"Apesar de todas as restrições, o jornalismo na China é hoje mais vivo e tem maior margem de manobra do que há uns anos atrás", disse ao DN António Caeiro, que foi correspondente da agência Lusa em Pequim durante 12 anos.Na sua opinião, os primeiros passos para aproveitar todas a brechas no sentido de uma maior liberdade de imprensa foram já dados pelas centenas de meios de comunicação locais, que ainda são proibidos de reproduzir qualquer crítica ao regime chinês. "Em Pequim, o controlo é maior, mas noutras localidades, a centenas de quilómetros de distância do centro do poder, os telejornais, se calhar, não são tão vigiados", diz o mesmo jornalista.

Os Jogos Olímpicos levarão a Pequim a maior concentração de jornalistas estrangeiros de sempre. Organizações como os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) vão aproveitar as centenas de canais abertos para chamar a atenção sobre as questões relacionadas com a liberdade de imprensa e os atropelos aos direitos humanos na China. No seu último relatório de 2006, os RSF enumeram os países com maior número de jornalistas detidos. A República Popular da China lidera com 32 profissionais dos media encarcerados. Número que engrossa quando se trata de chineses presos como "dissidentes" por se terem aventurado na Internet contra os ditames do Governo.

A organização Human Rights Watch (HRW) ainda esta semana acusou os "gigantes" da Net de serem cúmplices das autoridades chinesas na censura da Rede. A HRW, que propôs um código de ética orientado por europeus e americanos, lembrou que "a Google, Microsoft, Yahoo! e Skype são alguns dos motores de busca que cederam às pressões da China" para veda- rem o acesso a tudo o que soa a incómodo ao Partido Comunista chinês.

Os dois próximos anos anunciam-se, por isso, como um verdadeiro teste aos meios de comunicação locais, mais aguerridos desde que, ao abrigo da nova política de reforma económica, são obrigados a depender de receitas próprias na luta pela sobrevivência.

Os tablóides, que começaram a proliferar num Estado com 56 etnias reconhecidas e 1313 milhões de habitantes, mostram-se ávidos de histórias sensacionalistas. A cobertura intensiva de desastres, os abusos em matéria de justiça e os próprios direitos dos cidadãos são matérias que começam a ser tratadas nos jornais e que indirectamente conduzem às delicadas questões de política interna.

Tuesday, August 01, 2006

A reacção chinesa


O Presidente da China, Hu Jintao, endereçou hoje uma mensagem de melhoras ao líder cubano, Fidel Castro, que foi hospitalizado para ser submetido a uma intervenção cirúrgica.
A agência noticiosa Nova China indica que Hu enviou a sua mensagem de restabelecimento a Castro enquanto chefe de Estado e presidente do Partido Comunista chinês.

A China é um apoiante de longa data de Cuba e do Presidente Fidel Castro e as visitas de Estado entre os presidentes das duas nações são frequentes.

fonte: www.ultimahora.publico.pt

Bom, ideologias como estas têm este tipo de solidariedade...

Não é só o Fidel que anda mal...


O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pagou um mico quando saía do jato presidencial Air Force One. Bush tropeçou na escadaria em frente ao público que o esperava.
Bush retornava à base aérea de Andrews, no Estado de Maryland, nos Estados Unidos nesta segunda-feira.
Acho que tava pensando na noticia da operação do Fidel...

O comunicado oficial


"Con motivo del enorme esfuerzo realizado para visitar la ciudad argentina de Córdoba, participar en la reunión del Mercosur, en la clausura de la cumbre de los pueblos en la histórica universidad de Córdoba y en la visita a Altagracia, la ciudad donde vivió el Che en su infancia, y unido a esto asistir de inmediato a la conmemoración del 53 aniversario del asalto a los cuarteles Moncada y Carlos Manuel de Céspedes, el 26 de Julio de 1953, en las provincias de Granma y Holguín, días y noches de trabajo continuo, sin apenas dormir, dieron lugar a que mi salud, que ha resistido todas las pruebas, se sometiera a un estrés extremo, y se quebrantara.

Esto me provocó una crisis intestinal aguda con hemorragia sostenida que me obligó a enfrentar una complicada operación quirúrgica. Todos los detalles de este accidente de salud constan en las radiografías, endoscopias y materiales filmados. La operación me obliga a permanecer varias semanas de reposo, alejado de mis responsabilidades y cargos.

Como nuestro país se encuentra amenazado en circunstancias como esta por el Gobierno de los Estados Unidos, he tomado la siguiente decisión:

1.- Delego con carácter provisional mis funciones como Primer Secretario del Comité Central del Partido Comunista de Cuba en el Segundo Secretario compañero Raúl Castro Ruz.

2.- Delego con carácter provisional mis funciones como Comandante en jefe de las heroicas Fuerzas Armadas Revolucionarias en el mencionado compañero, General de Ejército Raúl Castro Ruz.

3-. Delego con carácter provisional mis funciones como Presidente del Consejo de Estado y del Gobierno de la República de Cuba en el Primer Vicepresidente, compañero Raúl Castro Ruz.

4.- Delego con carácter provisional mis funciones como impulsor principal del Programa Nacional e Internacional de Salud Pública, en el miembro del Buró Político y Ministro de Salud Pública, compañero José Ramón Balaguer Cabrera.

5.- Delego con carácter provisional mis funciones como impulsor principal del Programa Nacional e Internacional de Educación en los compañeros José Ramón Machado Ventura y Esteban Lazo Hernández, miembros del Buró Político.

6. Delego con carácter provisional mis funciones como impulsor principal del Programa Nacional de la Revolución Energética en Cuba y de colaboración con otros países en este ámbito en el compañero Carlos Lage Dávila, miembro del Buró Político y secretario del Comité Ejecutivo del Consejo de Ministros.

Los fondos correspondientes para estos tres programas, salud, educación y energético, deberán seguir siendo gestionados y priorizados, como he venido haciéndolo personalmente, por los compañeros Carlos Lage Dávila, Secretario del Comité Ejecutivo del Consejo de Ministros, Francisco Soberón Valdés, Ministro Presidente del Banco Central de Cuba, y Felipe Pérez Roque, Ministro de Relaciones Exteriores, quienes me acompañaron en estas gestiones y deberán constituir una comisión para ese objetivo.

Nuestro glorioso Partido Comunista, apoyado por las organizaciones de masas y todo el pueblo, tiene la misión de asumir la tarea encomendada en esta proclama.

La reunión Cumbre del Movimiento de Países No Alineados, a realizarse entre los días 11 y 16 de septiembre, deberá recibir la mayor atención del Estado y la Nación cubana para celebrarse con el máximo de brillantez en la fecha acordada.

El 80 aniversario de mi cumpleaños, que tan generosamente miles de personalidades acordaron celebrar el próximo 13 de agosto, les ruego a todos posponerlo para el 2 de diciembre del presente año, 50 aniversario del Desembarco del Granma.

Pido al Comité Central del Partido y a la Asamblea Nacional del Poder Popular el apoyo más firme a esta Proclama.

No albergo la menor duda de que nuestro pueblo y nuestra Revolución lucharán hasta la última gota de sangre para defender éstas y otras ideas y medidas que sean necesarias para salvaguardar este proceso histórico.

El imperialismo jamás podrá aplastar a Cuba.

La batalla de ideas seguirá adelante.

¡Viva la patria!
¡Viva la Revolución!
¡Viva el Socialismo!
¡Hasta la victoria siempre!

Fidel Castro Ruz (firmado con su puño y letra)

Comandante en Jefe, Primer Secretario del Partido y Presidente de los Consejos de Estado y de Ministros de la República de Cuba.

Julio 31 de 2006"

E então, de repente...


... Fidelito se va.

Esta madrugada, uma Cuba atónita assiste à noticia da hospitalização do seu líder. Pela primeira vez em 47 anos de poder, Fidel Castro delegou o poder ao seu irmao Raul, devido a graves problemas de saúde.

O lider cubano foi operado aos intestinos, apos ter sido descoberta "uma grave hemorragia".

Claro, enquanto que em Havana, as pessoas estavam preocupadas com a saúde de "El Comandante", no outro lado do estreito, em Miami, os opositores festejavam a sua debilidade física. Isto surge a 13 dias do seu 80º aniversário natalício, portanto, pode-se colocar a seguinte dúvida: será que aguentará até lá? É que eu sei, por experiência própria, que uma operação deste tipo é complicada de se fazer e a sua recuperação é demorada.

Veremos no que isto pode dar. Mas que isto vai ser um momento marcante na história do país, não há dúvida.